"Dentista, sem compromisso dentista"

Dia atípico para a Polícia Civil. "Mordida", mulher terá de responder por exercício clandestino da arte dentária

André Martins

Imagem: sxc.hu

Ao invés de armas, dentes. Ao contrário de munições, brocas. Na tarde de hoje, a Polícia Civil prendeu no bairro Lindeia, região do Barreiro, em Belo Horizonte, uma mulher de 40 anos, técnica em próteses dentárias. Além dela, foram apreendidos diversos materiais de uso ortodôntico manuseados pela mesma. Ela não teve o nome divulgado, mas se sabe que trabalhava como dentista em um laboratório clandestino há aproximadamente seis anos.

De acordo com a policiais civis que estiveram no local, a dona foi pega no pulo enquanto atendia a um paciente. Ainda segundo as autoridades acionadas na ocorrência, a mulher era mestre na arte de fazer próteses dentárias (vugas, dentaduras), mesmo não tendo nenhuma permissão para exercer a profissão.

A presa começou a ser investigada assim que o Conselho Regional de Odontologia moveu uma denúncia contra o local onde atendia.

Os policiais ficaram anestesiados até a ponta dos pés, mesmo sem terem levado uma agulhada sequer da dita cuja. Isso porque foram encontrados diversos instrumentos totalmente enferrujados, sem qualquer tipo de assepcia.

Assim como as tantas ocupações que não possuem regulamentação em Belo Horizonte, marca comum à região central da cidade, percebe-se um considerável crescimento no número de estabelecimentos que oferecem serviços odontológicos. Antes de responder aos convites dos "publicitários do gogó e sorriso fácil" é preciso pensar duas vezes. Para consultas de profissionais e estabelecimentos sérios, ligue para o Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais: 2104.3000.

Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais