17-06-2011 16:59

Desenterrando o passado

Escavações em praça de Estrela do Sul reascendem o debate a cerca do local onde Dona Beija teria sido enterrada

André Martins

Museu Dona Beija, em Araxá, no Triângulo Mineiro. Crédito: Rodrigo Borges.

Ela foi considerada uma das figuras mineiras mais importantes para o processo de independência da mulher no Brasil. Dona Beija tinha várias posses e uma beleza, de acordo com historiadores, estonteante. A delicadeza do desenho da face encantava os homens. Beija, como ninguém, soube se apropriar dos atributos físicos e estéticos perfeitos para conseguir exercer poder em Araxá, cidade em que viveu grande parte da vida, no século XIX.

Mas não é somente encanto que ainda resumem a lendária Beija. Quase 140 anos se passaram da morte desta ilustre mineira, entretanto, um mistério permanece vivo na cidade de Estrela do Sul, na região do Alto Paranaíba, local onde Beija foi enterrada: qual o sítio onde descansam seus restos mortais?

A resposta nunca pareceu tão próxima. Em escavações realizadas em uma praça do município, local que séculos atrás era o cemitério da cidade, foram encontradas diversas ossadas, dentre elas a de uma mulher e com ela pequenos enfeites de zinco que, acredita-se, sejam adornos de uma urna mortuária. De acordo com as páginas amareladas da história, foi justamente o zinco o material do qual foi feito os detalhes do caixão de Beija, o que reforça a hipótese de que a ossada seja, de fato, dela.

A cidade que tem Dona Beija como a sua moradora mais ilustre terá de conviver mais um pouco com o mistério. Ao menos até que indícios mais sólidos enterrem as especulações para sempre e coloquem um ponto final nessa história.

Fonte: Rede de Integração

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