15-06-2011 17:47

O Mineirão não pode esperar

Operários pararam as máquinas e tentam com a greve fazer um gol de placa

Érica Fernandes

Os trabalhadores do novo Mineirão ainda em obras no entorno do estádio. Crédito: Sylvio Coutinho/ Divulgação.

Tratores, cimento, guindastes e nenhum operário para colocar a “mão na massa”. Foi assim que o dia começou nesta quarta-feira, dia 15, no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. De acordo com o Jornal Estado de Minas, 450 operários tiraram seus uniformes e voltaram para casa às 9h30, quando terminou uma reunião de integrantes do consórcio Minas Arena com uma comissão formada por cinco trabalhadores.

Os operários pediram o que a maioria dos manifestantes exige: aumento salarial e melhores condições de trabalho. Alegam que a comida é crua e quase sempre a mesma e a água do chuveiro está fria. O histórico de manifestações recentes sugere fracasso nas negociações. Entretanto, como é a Copa do Mundo que está em jogo, os funcionários podem se queixar até do frio que, provavelmente, terão suas reclamações, se não atendidas, pelo menos ouvidas.

Quem não reclama são os dez presidiários da Penitenciária José Maria Alckmin escalados para trabalhar no Gigante da Pampulha. Agnaldo Soares Nunes, de 43 anos, preso por porte ilegal de armas de tráfico de drogas, é um exemplo. O detento-operário agradece a oportunidade e aguarda 18 companheiros de presídio integrarem à obra em breve, demonstrando, assim como Nunes, que o Mineirão não pode esperar.

Fonte: Jornal Estado de Minas e redação

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