10-06-2011 03:12

De olho na saúde das vaquinhas

A prática do pensamento "a união faz a força" tem seu valor entre produtores rurais do leste de Minas

Lucas Alvarenga

Imagem: Emater-MG

O seu Paulo César de Paula, produtor do município de Palma, na Zona da Mata mineira, há três anos aderiu a um programa que tornou o ciclo reprodutivo do seu rebanho bovino pra lá de acelerado. Uma ideia da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, a Emater-MG, o projeto possibilita a compra conjunta de produtos agropecuários, o que transforma a qualidade e abaixa o preço do produto por lá elaborado.

Em maio passado, 30 produtores rurais adquiriram três dezenas de toneladas de caroços de algodão. Enquanto isso, 12 agricultores compraram 28 toneladas de calcário. A razão da compra conjunta é simples. Normalmente, a tonelada do calcário sai para o seu Paulo e para os outros agropecuaristas por R$ 130,00. Pela compra coletiva, o preço cai para R$ 110,00. Pouco? O valor conta com frete incluso.

No caso do preço da tonelada do caroço de algodão, fixada em R$ 900,00, a compra conjunta sai por uma pechincha: R$ 620,00. Algo fundamental, afinal a ração caseira que engorda o rebanho do seu Paulo tem 30% a mais de energia que a industrializada. Bom para as vaquinhas e para a produção de Palma, que ganha um novo impulso. “Por ser um ingrediente mais nutritivo, o cio da vaca ficou mais regulado e, consequentemente, o ciclo reprodutivo mais rápido”, reforça o bovinocultor.

Neste último pedido, seu Paulo resolveu investir pesado para ver seu rebanho saudável. Comprou caroços de algodão para incluir na alimentação bovina e também entrou no grupo dos que pediram calcário. A intenção é reequilibrar o solo e produzir uma pastagem que, no final das contas, resulte em leite de qualidade na mesa do consumidor. “Além de ajudar no orçamento, o calcário do estado do Rio de Janeiro é de ótima qualidade”, garante.

Apesar de Paulo César de Paula ter descoberto os benefícios do programa de compra conjunta em 2008, o projeto já existe desde 2005. Geralmente, os técnicos da Emater reúnem os pedidos de calcário do Rio de Janeiro e caroço de algodão da Bahia durante meses para em maio negociar. Ou seja, para quem comprou, boa escolha. Para quem não adquiriu, fica a dica.

Fonte: Agência Minas e redação

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